"NÓS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA, NÃO QUEREMOS SER QUALIFICADOS E SIM OS MELHORES"

SUA PROTEÇÃO É A NOSSA PROFISSÃO

SUA PROTEÇÃO É A NOSSA PROFISSÃO

30 de ago. de 2009

COMO SURGIU E POR QUE O ESTATUTO DO DESARMAMENTO!

INFORMAÇÃO
Vamos saber o que realmente houve para surgir o Estatuto do Desarmamento em 2003 através do voto e que virou Lei e não veio de maneira nenhuma beneficiar os profissionais da área de segurança privada e orgãos de segurança pública bem como o cidadão de bem que acabou perdendo o seu direito do porte de arma . Desde a implantação do Estatuto do Desarmamento vimos foi realmente que baixou os índices de homicídios por brigas fútil e acidentes domésticos com arma de fogo, mas também o que notamos é um grande crescimento no número de assaltos com arma de fogo e atentado as vidas alheias, resumindo não vimos tanta diferença assim no meio da segurança, conseguimos ver é que os assaltantes e bandidos agem de maneira mais eficaz nas ruas e trânsito porque sabe que o cidadão NÃO pode portar arma o que facilita sua ação ílicita junto as comunidades. Aos profissionais da área de segurança privada principalmente os agentes de atendimento tático de alarmes só veio prejudicar pois o agente de segurança eletrônico não efetua mais a prisão do miliante porque não possui mais o seu material de apoio que é a sua arma, atualmente esses profissionais faz apenas o atendimento ao domicílio e solicita os orgãos de segurança pública o apoio da ocorrência o que leva em torno de 2 à 3 horas e dependendo da situação da polícia mediante as ocorrências que muita das vezes nem se deslocam até o local da ocorrência pois este tipo de chamado não é uma emergência policial e sim uma ação comum de roubo,ficando o profissional de segurança eletrônico no ato sem as condições de abordagem e prisão do meliante , a não ser que o agente trabalhe com sua arma particular o que estaria sim é infringindo a lei e incluso no Estatuto por porte ilegal de arma de fogo o que prejudicaria a sua vida de antecedentes de boa conduta passando de vítima para réu, o ponto que quero chegar e abordar é que durante anos os profissionais de atendimento de alarmes, supervisão e vigilantes patrimoniais trabalharam armados e nunca teve-se registros de abusos por portar arma de fogo seja no sentido pessoal ou no trabalho. Por este motivo analisamos que o Estatuto do Desarmamento não foi muito bem elaborado e objetivo, deveriam sim na época do referendo é ter feito uma Assembléia Geral no Ministério da Justiça junto com os orgãos de segurança pública e privada e ver que o profissional da segurança tem sim o seu direito de porte pessoal , pois a questão está se referindo à um profissional qualificado mediante a testes de avaliação e quem tem o seu direito de portar uma arma o qual é seu instrumento de trabalho, não estou querando deixar claro aqui que todo o profissional de segurança pública e privada vai andar armado, quero sim é lutar pelo direito de porte de arma para o profissional apto diante de todos os testes de tiro prático, psicotécnico e taxas vingentes do orgão fiscalizador a DPF – Departamento da Polícia Federal, se o profissional não passar nos testes infelizmente não poderá ter seu porte pessoal e nem no trabalho, porque se não passou nas avaliações tudo indica que não é apto a portar arma o poderá por em risco não só sua vida como de terceiros, sendo assim como um profissional da área de segurança vi durante anos que muitos profissionais da segurança privada e pública não tem as condições necessárias de portar uma arma , isto também não indica que esta profissional não é apto a exercer a função de agente de segurança pública ou privada , mas sim de não trabalhar mais armado ou portar arma, o que poderá ser feito com este profissional é sim ser remanejado para uma área administrativa ou designado para um posto de vigilância desarmada . Vamos ver agora além de tudo que o negócio de desarmamento não está somente ligado na questão de diminuir os índices de criminalidade, homicídios e acidentes domésticos e sim na verdade é um golpe da Colt, empresa norte-americana que vende armas de fogo, para derrubar a Taurus que domina o mercado brasileiro e tem entrado com força no mercado norte- americano, por conta do bom desempenho dos seus revólverese, tecnologia e bom preço.Se fomos ver está alegação ela faz sentido, uma vez que, o desarmamento e a proibição do porte de armas atingem apenas o cidadão comum e levam à falência as empresas brasileira que vendem e comercializam armas, pois o bandido,assaltante, assassino e o traficante que dominam as favelas, morros e comunidades continuarão a ser armados e digam-se bem armados, e essa medida não muda em nada suas atuações no crime pois são todos fora da Lei, não se preocupam se vai ser pego com 300 kilos de drogas ou se vai ser preso por estar portanto um AR-15.Logo, tudo isso não passa de um golpe empresarial e não de evitar acidentes domésticos e diminuir a criminalidade e homicídios, pois o que se evitará na verdade sobre os acidentes é que todos devem ter os cuidados necessários para o armazenamento deste objeto pois isto não se trata de decorativo que expõe numa mesa ou cabeçeira como uma peça decorativa, é claro que não tomar os cuidados necessários irá colocar em risco não só sua vida como de terceiros. Se verificarmos as unidades de segurança pública, privada e forças armadas as armas são guardadas em local seguro e só retirados no momento de uso e colacados em um coldre de uso pessoal, usando-se somente na ação necessária.Além disso, proibir é apenas por na ilegalidade ao cidadão comum e profissional da segurança pública e privada, uma vez, que o bandido vive nela independe de qualquer coisa e ainda fora da lei, não se importando com as conseqüências de seus atos, diferente de cada um de nós cidadãos de bem que temos consciência dos nossos atos e prejuízos, e pior somos punidos rigorosamente pela Lei por sermos profissionais e conhecer os nosssos direitos , diferente do bandido que conhece também a Lei e diga-se de passagem muito melhor que nós, porém não a cumpre e as vezes é solto, e você ? Sou contra sim ao comércio desordenado de armas, há sim de se criar regras para isso bem mais criteriosas como citei no texto, por isso em minha opinião os profissionais de órgãos de segurança pública e privada devidamente autorizados mediante testes prático de tiro, psicotécnicos e administrativos devem sim ter o porte pessoal de arma de fogo, devem andar armados 24 h seja do seu local de trabalho até sua residência e vice versa, pois se trata de um instrumento de trabalho e material de apoio. O DPF – Departamento da Polícia Federal já autorizou para as empresas de segurança o uso de armas não letais, como o spray de pimenta, algemas e a famosa arma de choque “Taiser”, isto já foi um pequeno avanço para a segurança privada mais podemos ter a chance do porte de arma, não se esqueça que quando saiu o Estatuto do Desarmamento este projeto atingiu todas as classes de segurança pública e privada, e o porte pessoal continua sendo quase que impossível para todos, mas os órgãos de segurança municipal as GM – Guardas Municipais conseguiram o direito de poder andar armado ostensivamente e o porte pessoal de arma,é o mesmo direito que os agentes de segurança táticos têm que ter no seu material de apoio diário por exemplo dentro de uma capa do colete balístico de maneira pessoal e não ostensiva,mas devido o Estatuto não podem utilizar ,diferente dos profissionais da Escolta Armada que portam armas nos seus coletes balístico ou no coldre de cintura ou perna, não se esquecendo que o veículo é o seu posto fixo de trabalho e que existem regras para utilização do armamento o qual não pode ser de maneira ostensiva e sim pessoal, notamos que estas duas profissões e da segurança pessoal são funções de alto risco, sendo que uma pode portar arma e a outra não, como posso dar proteção aos outros se não tenho proteção, vamos analisar todas as situações e buscar os nossos direitos seja na área profissional de trabalho ou de porte pessoal. Por isto todos nós da área de segurança privada devemos nos unir através de nossas entidades sindicais regionais através de um abaixo assinado e de seus representantes no Senado Federal seja ele um senador ou deputado federal que você elegeu, para que seja levado ao órgão fiscalizador à DPF – Departamento da Polícia Federal e ao Ministério da Justiça a regularização para que os profissionais da área de segurança privada mediante todos os procedimentos possam adquirir sim o seu porte pessoal. Vamos pensar nisso com consciência, pois é como o desenho da matéria acima ilustra, deixamos de dar proteção para sermos alvos e vítimas de um sistema marginalizado e fracassado, não se esqueça daqueles que votaram a favor do desarmamento esses são os verdadeiros cúmplice do aumento da criminalidade e que abriram a porta para poder levar sua fatia de credibilidade junto aos bandidos que agradecem com muito carinho, pois para os bandidos eu poderia falar que este foi o melhor projeto que esses parlamentares votaram, em vez disso eles reverteram a situação pois em vez deixar o cidadão com seu porte pessoal deu aos marginais o porte de arma para que possam agir sem preocupação e sem reação por parte da vítima. Ainda bem que não tiraram o poder de compra para adquirir sua arma, o qual nos o direito de proteção ainda ao nosso patrimônio, se nos calarmos diante desta situação irão tirar até esse teu direito de ter sua arma, passando a aí crescer ainda mais o contrabando de armas que já existe há tempos e que após o Estatuto também contribui com esta demanda, vamos pensar nisso e nos imobilizar, pois o lema da segurança é antes da tudo prevenção, mas prevenção sem EPI - Equipamento de proteção individual fica díficil.
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Texto: ASP PAULO MELLO - contato e-mail:agtseg.paulomello@yahoo.com.br
Vamos nos unir para pedir o nosso direito de porte de arma.
Acesse o site: http://
www.senado.gov descubra o seu representante no Senado Federal, e mande o seu-email. Acesse o site: http:// www.fenavist.com.br descubra o seu Sindicato Regional e de sua opinião para agilizar o porte de arma.

27 de ago. de 2009

OS DILEMAS DA SEGURANÇA PRIVADA

Apesar de hoje termos um dos setores que mais crescem no mercado brasileiro, com faturamento na faixa de bilhões de reais, o sentimento que norteia os empresários do setor e os gestores de segurança das organizações é muito diferente daquele de quem está sendo bem sucedido. Há um ar de fracasso e pessimismo, principalmente pela característica predatória e pela ampliação do mercado informal e desqualificado que hoje permeia os serviços de segurança, fazendo com que empresas especializadas de segurança desapareçam e que a escolha para ocupação de cargos afetos à segurança seja definida pelo valor mais baixo a ser pago.Este artigo tem como objetivo discutir as causas desta situação e, baseado em alguns autores que tratam de inovação, como Clayton M. Christensen (autor do Dilema da Inovação e o Crescimento pela Inovação), e capital social, como Robert Putnam (autor de Comunidade e Democracia), apresentaremos em três partes algumas tendências do setor. A conclusão do trabalho estará centrada num alerta a todos de dois perigos para a sobrevivência de quem presta serviço de segurança privada: uma inovação de ruptura e o poder regulatório do Estado.Assim, na primeira parte, falaremos do contexto atual da segurança sob o ponto de vista dos atores da segurança, centrando nas deficiências do profissional que hoje presta o serviço e na fragmentação das associações representantes dos segmentos da segurança privada. Na segunda parte, apresentaremos a commoditização dos serviços e alertaremos para o momento propício a ruptura. Por último, buscaremos estimular o controle dos desafios que se avizinham, citando alguns exemplos de sucesso, enfatizando principalmente que a solução está em conseguir administrar a mudança antes que sejam atingidos por ela.Os atores de segurançaO serviço de segurança começou a ter atuação destacada dentro do contexto brasileiro, a partir da criação e fortalecimento do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), a partir de 1964. Com a difusão da doutrina entre as estruturas civis, engendrou-se um conceito de segurança pautada numa doutrina militar e ligada à atividade de inteligência, que até hoje perdura nas organizações.Entretanto, se a extinção do SNI deixou um vácuo na doutrina, a redemocratização privilegiou o fortalecimento e desenvolvimento de associações que, independentemente da postura ideológica em relação ao regime existente, permaneceram reprimidas ou representavam interesses bem claros para a manutenção da estrutura. Assim é, que diversas associações representativas da área de segurança apareceram como forma de defender e representar os interesses dos principais segmentos da segurança, como a Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores, os Sindicatos das Empresas de Segurança Privada dos Estados, a Associação Brasileira das Empresas de Segurança Eletrônica.Apesar do rompimento da idéia de segurança nacional para uma ampliação da idéia de segurança empresarial e uma preocupação com a segurança no próprio ambiente das organizações, o direcionamento tão específico para as atividades que estas associações representavam e ainda hoje representam, fez com que todo o restante do campo de atuação da segurança permanecesse ¿órfão¿. Com isso, eclodiram outros tipos de associações como a OSAC (Oversea Security Council), a ABSO ¿ Associação Brasileira de Segurança Orgânica, os Capítulos (filiais) ASIS São Paulo e ASIS Rio de Janeiro de uma entidade internacional de profissionais de segurança (American Society for Industrial Security - ASIS) e a ABSEG, Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, além de outras entidades locais que tratam sobre o assunto.Não obstante, a capacidade de organização do setor que poderia se tornar o alavancador e responsável pelo desenvolvimento não obteve o que se esperava. Pelo contrário, o excesso de fragmentação de idéias e de entes representativos, além do desequilíbrio entre estas associações, fez com que até então, pouco se conseguisse na ampliação das possibilidades dentro das esferas corporativas. É como Putnam afirma sobre comunidades cívicas que buscam o associacionismo, ¿se não houver uma transcendência de um objetivo que sobreponha os interesses materiais imediatos da família nuclear¿, ocorrerá uma ¿incrível falta de ação deliberadamente pactuada visando a melhorar as condições da comunidade¿.Grande parte deste desequilíbrio é permeada pela falta de vinculação da atividade de segurança da organização dentro de uma perspectiva regulamentada pelo Estado. A Constituição Federal (CF) de 1988 manteve a lacuna doutrinária, apesar de estabelecer competências na esfera da defesa. Entretanto, em momento algum preconiza responsabilidades explicitamente sobre a segurança das organizações e sobre políticas específicas e competências, aumentando ainda mais a desarticulação do setor, deixando para outras leis a regulamentação dos serviços (a Lei 7.102, as Leis 8.863 e 9.917, a portaria do Departamento da Polícia Federal, nº 992 de 25 de outubro de 1995 que alteram a Lei 7.102, buscando regular uma gama maior dentro das possibilidades da segurança).É de se observar que não há nada que diga ou informe como deve ser a segurança das organizações. Não há regulamentação do profissional, não há um plano para dar diretrizes ou uma orientação dos requisitos essenciais para as organizações desempenharem suas atividades com segurança ou até para contribuir na segurança pública e o que se pode esperar dos serviços que lhe são prestados como tomadora de serviços. Assim, percebe-se que este campo vem aumentando muito mais por força da legislação aliada ao crescimento econômico, do que pela consciência do campo de abrangência e da perspectiva de uma nova abordagem da segurança.Contribui com isto a falta de um desenvolvimento metodológico dos serviços de segurança. No Brasil, o estudo da segurança no campo da administração é muito pouco explorado e esta característica se reflete na situação existente. Conseqüentemente, o reflexo disto é sentido com a replicação da literatura estrangeira ou por massificação de certificações internacionais, em desacordo com a realidade brasileira. Acirrando mais ainda o problema, os autores mais recentes, percebendo a possibilidade de mercado e a lacuna sobre o assunto, iniciaram um franco processo de adaptação e tradução de ferramentas de análise e avaliação de riscos aplicáveis a realidade do país de origem e as apresentam como alternativa de atualização da segurança com um enfoque moderno de gestão de riscos.Ora, é lícito supor que a utilização de estudos e ferramentas oriundas da literatura mundial de forma alguma seja um problema ou algo inaceitável. Por mais científico que seja o método, com capacidade de análise de infinitas variáveis, há de se considerar aspectos ligados a valores, percepções, crenças, cultura, pessoas e particularidades. A aplicação pura e simples, entretanto, acarreta na marginalização de uma atividade, que a torna fora de sintonia com a gestão da organização. Assim, a formação do profissional de segurança permanece extremamente comprometida. Se por um lado, há uma dificuldade de percepção de uma nova realidade, por outro, a ausência de literatura técnica mergulha a segurança numa realidade exclusiva de adaptação de projetos e propostas de figuras importantes ou históricas na área.Conseqüentemente percebe-se que, mesmo havendo uma preocupação com um novo enfoque e a necessidade de se ter um profissional de segurança diferenciado, as raízes permanecem numa doutrina militar replicando uma atividade exclusivamente militar/policial para dentro da organização. Qual a necessidade do gestor em saber manusear armamento, munições e explosivos para gerenciar riscos e prevenir perdas? Por que a empresa, no momento da contratação, não deve optar pelo mercado informal que oferece o serviço com as mesmas características e um preço mais barato, se o que é oferecido formalmente não tem diferença para o que é oferecido informalmente?Numa pesquisa realizada no Rio de Janeiro, para uma dissertação de mestrado, com setenta executivos de empresas do Rio de Janeiro, constatou-se que o fator primário que denigre e coloca o profissional em desvantagem em relação à área é a falta de (ou pouco) conhecimento sobre o que realmente deve desempenhar como atividade para a organização, isto é, qual parcela de contribuição pode ser agregada para a sobrevivência da atividade fim. O contexto gerado em relação ao homem que desempenha tal serviço aliado ao processo já citado, remete a uma pergunta: Será que são só estes os fatores que fazem com que haja um distanciamento tão grande entre o profissional e a atividade que irá desempenhar e mergulham cada vez mais o setor no isolacionismo?Não. A origem do profissional calcada na militarização da segurança pode acrescentar mais alguns:1. O militar ao terminar seu tempo de serviço, não tendo nenhuma qualificação que o insira no mercado de trabalho, se vê num dilema que é: a necessidade de trabalho x as exigências do mercado. Com isso, ao realizar uma auto-análise do que é capaz de fazer, elege a segurança (em seu sentido strictu sensu, como está se tratando neste capítulo do trabalho), como campo de realização de suas tarefas. Assim, ao assumir as suas funções, transfere a rotina que desempenhou por trinta anos à organização que lhe acolheu;2. Já na esfera pública e especialmente nas organizações militares, pode-se observar que os currículos, tanto nas escolas de formação quanto nas de aperfeiçoamento e especialização não contemplam nenhuma disciplina que trate do assunto específico segurança. Por isso, é que o problema também pode ser sentido nas próprias Forças Armadas. Após o aumento crescente de crimes de assalto e invasão a quartéis, nos idos de 2000 aos dias atuais, as preocupações com a segurança do patrimônio aumentaram;3. Ao se buscar também nas estruturas de formação de agentes de segurança pública, os policiais militares, policiais civis e policiais federais, não há nenhuma cadeira específica sobre a atividade de como realizar uma segurança de uma organização, no sentido latu. Como visto anteriormente na CF de 1988, estes profissionais são formados para agir dentro de suas competências e nenhuma delas prepara para a segurança nas organizações;A existência de uma carreira com uma formação e um processo educacional específicos que moldam a vida militar já diferem o profissional de outros. Os militares e os policiais não são funcionários públicos como todos aqueles que trabalham na Administração Pública. Missões são diferenciadas, a qualificação do profissional é diferenciada, o risco é permanente e inerente à função. Logo, como lançar mão de um policial ou militar e atribuí-lo a um cargo qualquer dentro de uma organização sem um devido preparo e qualificação específicos à organização e a função? Como esta pessoal pode oferecer um serviço a uma empresa se ele não conhece as necessidades da empresa? Mais uma vez perguntamos, o que difere o serviço que é prestado por uma empresa de segurança para o serviço que é prestado por alguém que esteja realizando o ¿bico¿?Não se pode eximir de culpa o papel que as organizações e os dirigentes vêm exercendo em relação a este problema. O nível de exigência e aceitação da situação por parte da organização mantém um nível de conforto suficiente para manter o status quo. Assim é que, a segurança mantém-se subempregada e subutilizada, vigorando como uma fonte de custeio para as organizações de uma forma geral. Independente das especificidades das atividades, o cerne tem sido o mesmo: um serviço de polícia interno mantido por um serviço caduco.
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Texto:JOSÉ LUÍS CARDOSO ZAMITH - Pesquisador do Núcleo de Gestão de Justiça e Segurança da EBAPE/FGV
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A SEGURANÇA E A GESTÃO NEOLIBERAL NOS CONDOMÍNIOS.

De fato, imóveis em condomínios fechados são mais valorizados devido ao valor agregado da (suposta) segurança oferecida aos moradores. Para obter essa vantagem (comercial), muitas imobiliárias, síndicos e proprietários, procuram manter uma segurança ostensiva (aparente): vista como excelente por leigos, deficiente por consultores de segurança e vulnerável por criminosos.Cada vez mais fantasiosa, a vigilância eletrônica tem sido usada para aumentar a “sensação” de segurança no local, atraindo leigos compradores de imóveis. Porém, crimes reais apavoram os moradores e desvalorizam seus imóveis. Em nosso sistema econômico capitalista, a resposta "lógica" para isso tem sido a obsessão por produtos visíveis, modernosos e baratos: alarmes (falsos), cercas elétricas (sem eletrificação) e câmeras (falsas) com avisos mentirosos: sorria, você está sendo filmado...O sistema econômico capitalista, gerador de riscos por excelência, não contempla investimentos em segurança real. Na verdade, a obsessão de muitos gestores são as bravatas econômicas: meros blefes tecnológicos para agregar valor aos imóveis, manter as supostas vantagens e os lucros nos negócios. Comportamento irresponsável onde o cliente lucra, a segurança perde e a criminalidade ganha.A jactância e a parlapatice são comportamentos de risco, comuns na sociedade competitiva. Contudo, criam uma demanda para consultores de segurança, sistemas de vigilância eletrônica, alarmes, câmeras, cercas eletrificadas, automação, biometria... Embora só para impressionar e agregar valor aos imóveis. Porém, as tecnologias para segurança não devem servir somente às gabolices de proprietários de imóveis só porque eles são os gestores e detentores das verbas. Na relação de consumo de vigilância eletrônica, as tecnologias devem atender à segurança presumida nelas, tornando necessária uma mudança de cultura e de atitude desses gestores/consumidores/usuários.Muitos adoram jogar Pôquer valendo dinheiro, mas detestam investir em tecnologia (o suficiente) para obter a segurança presumida. Acham que isso não adianta, só trás gastos e prejuízos... Preferem ignorar os riscos e seguir em busca do lucro, sem assumir responsabilidades com a segurança de todos. Administram com o vício de lucrar, de obter vantagens, esquecendo que os condomínios não são empresas onde se podem acumular lucros; o dinheiro que sobra tem que ser investido em benefícios (reais) ou devolvido aos moradores.Ninguém quer "perder" no jogo econômico-financeiro. Com isso, administradores de condomínios desenvolvem estratégias comerciais agressivas. Contudo, não tem quaisquer estratégias para a segurança. Não tem prioridades definidas. As responsabilidades não são assumidas nem compartilhadas; são "transferidas" através da terceirização. A segurança esperada por todos é gerida como uma grande barganha. Assim, a melhor tecnologia para vigilância se reduz em medida aparente, paliativa e enganadora: um arriscado blefe! Tudo para enganar ladrões "de galinhas", justificam. E se os ladrões não forem "de galinhas"?Contrariados -mas pressionados pelas circunstâncias- gestores acabam investindo timidamente dizendo: “a segurança profissional é um mal necessário”. Isso cria uma lógica absurda, na qual um “mal” é necessário para proteger os “bens”... Ressentidos por deixar de comprar “bens” e obrigados a investir num “mal”, contratam empresas de segurança só para transferir suas responsabilidades a elas, numa gestão que oculta o desejo de manter a barganha sempre “vantajosa”, mesmo que a segurança tecnológica se torne só aparente."Se vira, agora o problema é teu", dizem os gestores. Assim, se houver crimes, põe-se a culpa na tecnologia ou naqueles que se curvaram aos “desejos inconfessos” dos clientes. Para esse tipo de gestor, as empresas sérias do ramo e os profissionais competentes se tornam inconvenientes; mostram os riscos e desnudam a má conduta administrativa. Isso exige atitudes corretas, gestão responsável e investimentos em tecnologia proporcionais ao risco.Com sua noção de lucro “prejudicada” pela segurança, muitos gestores se vingam; se tornam “inimigos” da segurança e insistem em não assumir suas responsabilidades. Não colaboram com nada, mas culpam os profissionais por tudo. Alguns até sabotam a (própria) segurança para criar justificativas de cortes nas verbas ou a troca da equipe.Raros condomínios valorizam a segurança pelos resultados; seja pela eficácia das tecnologias, por riscos controlados, patrimônios protegidos, vidas preservadas... Muito menos pelo lucro: o valor que a segurança tecnológica, mesmo que aparente, agregou aos imóveis. Se paga pouco e compra-se barato justamente para ficar com o dinheiro e lucrar!No sistema capitalista, nos negócios da segurança, a gestão neoliberal dos clientes estabelece prioridades equivocadas e instáveis: na hora de fechar contrato dá-se muito valor ao dinheiro e pouca importância ao risco patrimonial e humano. Na hora de instalar, a economia e a estética tem prioridades mas, na hora do crime todos querem a segurança presumida na tecnologia. A segurança só tem prioridade momentanea, na hora de atribuir culpa aos "terceirizados": a quem se "transferiu" todas as responsabilidades. Quando não se consegue responsabilizar alguém próximo, culpa-se o prefeito, a polícia, o Estado e até o presidente da república...Embora muito vulneráveis, imóveis são anunciados (mais caros) com esse status: conforto, lazer e “segurança total”... Assim, todos vão lucrando com isso até que ladrões percebam o descaso com a segurança. Aí quem lucra são eles!"Lucros" sempre vem associados a "Riscos". O trabalho da segurança profissional é controlar riscos. Os lucros obtidos indevidamente nas barganhas com a própria segurança são vantagens instáveis e provisórias. Fragilizam o esquema de segurança e realimentam o ciclo da criminalidade.A especulação neoliberal com a segurança é muito comum, mas claro que nenhum gestor assume essa conduta claramente. Supostamente para proteger bens e pessoas, muitos gestores de imóveis ensejam para os profissionais da vigilância eletrônica uma espécie de “missão secreta”: fazer uma segurança privada modernosa, dócil e barata; submissa e pronta para “assumir” total responsabilidade; supostamente pronta para pagar possíveis prejuízos que venham ocorrer. Assim, esses gestores “lucrariam” mais sem precisar gastar dinheiro com uma seguradora...Mas o que parece genial encobre uma fraude na gestão da segurança. Com um comportamento negligente e omisso, os gestores-clientes querem “transferir” toda a responsabilidade a terceiros: os prejuízos morais, sociais e financeiros. A arrogância e a má vontade dos gestores criam um ambiente hostil, não para os ladrões, mas para os profissionais da segurança. A má fé de gestores traz o mau uso da tecnologia, a quebra do sigilo dos sistemas e da relação de confiança com a equipe. Assim são os gestores que querem proteger apenas seus lucros e terceirizar uma tarefa inglória: a segurança.A conduta social irresponsável com a segurança leva ao sucateamento de todo o apalhelho de segurança, público e privado. Não é à toa que o artigo 144 da Constituição Brasileira foi escrito assim: "Segurança é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos".Segurança se faz com um conjunto de medidas harmônicas e sustentáveis. As tecnologias, de modo absoluto e isolado, não trazem segurança real e econômica. Tudo é vão sem real interesse e participação do cliente, apoio do Estado e colaboração da sociedade: políticos, profissionais, clientes, gestores, usuários...Sem prioridades estratégicas e responsabilidades claras, muitos gestores vão continuar regateando assim: “ladrões são invencíveis; nada disso adianta; tudo isso é falho, mas quanto custa? Se algo ocorrer vocês pagam?...”. O desdém na segurança só serve para evitar investimentos e atitudes necessárias. Quando a busca de qualidade e especialização é uma balela, o que realmente se pretende com a terceirização é transferir as responsabilidades com a segurança e o ônus para terceiros.Chamo tudo isso de “gestão neoliberal”. Na prática, a gestão da segurança de muitos condomínios é assim: vantajosa, liberal, moderna e fadada ao fracasso.
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RISCOS NA LEI QUE REGULARÁ A SEGURANÇA

O e-democracia é um serviço criado recentemente pela Câmara dos Deputados Federais. Lá existe o Fórum "RISCOS NA LEI QUE REGULARÁ A SEGURANÇA" para discutir o projeto-de-lei 1.759/2007, que pretende regulamentar a atividade de Segurança Eletrônica no Brasil. Esta é a hora de discutir e participar para alterar o que possa estar errado. Depois só nos resta cumprir... Prezados Deputados Federais,(*) Está errada a denominação “Segurança Eletrônica” para esta atividade econômica. Não podemos confundir “Segurança”, aquilo que é dever do Estado com “Vigilância”; um serviço acessório da Segurança feito por pessoas físicas e jurídicas; empresas privadas que se podem contratar particularmente com tecnologias para Vigilância para atender diversos interesses do cidadão, inclusive o de vigiar e proteger o seu patrimônio.Logo, uma coisa é Vigilância, que pode ser contratada e terceirizada, outra é Segurança, dever inalienável do Estado sob a responsabilidade de todos, conforme a Constituição Federal, Art. 144. Aliás, todos devem saber que esta responsabilidade constitucional é pessoal e intransferível, mesmo diante de uma terceirização de serviços.O patrimônio é responsabilidade de quem o possui. O proprietário precisa zelar, vigiar e guardar seu patrimônio, podendo até terceirizar esse serviço. Porém, ao utilizar mão-de-obra e/ou tecnologia especializada nessa tarefa, o proprietário não transfere a sua responsabilidade constitucional. Embora as empresas e profissionais contratados assumam responsabilidades referentes às respectivas prestações de serviços diante dos contratantes, estes mantém sua responsabilidade diante da Constituição Federal. O que se terceiriza é o serviço, não a responsabilidade individual diante da constituição.Não se mistura direito público com direito privado. Segurança é responsabilidade de todos. Ninguém deve ser omisso, negligente com a Segurança ou conivente com o crime. No que se refere à Segurança, todos os cidadãos, contratados ou contratantes, são responsáveis por suas condutas e comportamentos diante do Estado, que também não pode se eximir do seu dever constitucional diante do cidadão.A Vigilância Eletrônica também não deve ser confundida com a Vigilância Humana, Armada ou não. Embora ambas deveriam ter concessão do Estado para operar, uma emprega tecnologia para vigilância através de sistemas eletrônicos locais e remotos; a outra emprega homens atentos no local de guarda do patrimônio a ser protegido, armados ou não.A Vigilância Eletrônica e a Vigilância Humana são serviços diferentes, independentes e complementares. São atividades econômicas diversas, regidas por leis diferentes; negócios diversos, geridos de modo diferentes. Logo, tudo é diferente; apenas o objetivo é o mesmo: vigiar.A regulamentação do serviço de vigilância eletrônica se faz necessária para evitar confusão e concorrência desleal nesse mercado. Hoje, são diversos tipos de empresas e profissionais autônomos, trabalhando com diferentes atividades misturadas, disputando o consumidor de “segurança”. Legítimas, competentes e idôneas empresas instaladoras de sistemas de vigilância eletrônica e, empresas especializadas só em monitoramento de alarmes e câmeras já instalados, hoje estão obrigadas a enfrentar forte concorrência desleal neste mercado confuso e desinformado.Atuam também no mercado da "Segurança Eletrônica" firmas instaladoras de antenas parabólicas, de TV por assinatura, de telefonia (PABX), lojas de varejo, lojas de assistência técnica para eletrodomésticos, firmas de refrigeração, amestradores de cães, camelôs, pedreiros, serralheiros, militares da reserva, ex-policiais, justiceiros, criminosos e até ladrões; todos competindo para oferecer “soluções” para os "consumidores" de segurança.É evidente que os clientes aproveitam a concorrência para comprar um sistema de alarme bem baratinho. Mas, muitos reclamam prejuízos por terem sidos roubados ou furtados uma semana depois da instalação! Seria incompetência técnica, mau planejamento, negligência profissional ou conivência criminosa? Teria sido omissão ou desinformação do usuário, sua recusa a um sistema maior, mais adequado; seria má gestão, mau uso ou simples má fé?...A nova lei deve exigir maior legitimidade, competência, idoneidade e compromisso das empresas de vigilância eletrônica, que deveriam manter suas MARCAS REGISTRADAS expostas ao mercado, ficando mais responsáveis pelo êxito (ou fracasso) dos respectivos sistemas.A nova lei deve informar melhor os consumidores acerca das responsabilidades diante da terceirização dos serviços de vigilância, dos riscos dos serviços da vigilância clandestina, impondo sansões aos que agem com negligência e má fé.A nova lei também deve evitar a concorrência desleal, as disputas de mercado entre as Empresas de Vigilância Eletrônica e as Polícias. Ela deve evitar os conflitos de interesses entre os empresários do ramo e os policiais na ativa. Muitos policiais comandam empresas privadas através de parentes ou de “laranjas”...Segurança é uma questão dialética, que deve ser regulamentada de modo estratégico. A sociedade não vai encontrar segurança num mercado desorganizado, disputado a tiros.As empresas de Vigilância Eletrônica devem ajudar no combate ao crime com tecnologia, mas sem armas. A estratégia (lei) deve prever cooperação entre essas Empresas, os cidadãos usuários, a Polícia e o Estado. Deve haver cooperação tecnológica, operacional, legal e tributária. Afinal, é de dinheiro que estamos falando.O cidadão deve fazer sua parte, contratando serviços especializados em vigilância, cada qual com sua responsabilidade. Afinal, não podemos esquecer que segurança é dever do Estado, mas direito e responsabilidade de todos. Não é só dever do Estado, e nem só responsabilidade das empresas de segurança contratadas, como muitos desejam pensar.Não se deve tributar a sociedade que investe em segurança, por meio das empresas que a produzem. Investindo, o cidadão ajuda o Estado a cumprir o seu dever constitucional. Deve haver incentivos fiscais para empresas fabricantes e distribuidoras de produtos; para as empresas prestadoras de serviço de vigilância eletrônica; instalação e monitoramento. Todas essas empresas contribuem com trabalho e tecnologia na segurança devida pelo Estado, que também tem o dever de gerir essa segurança através de leis estratégicas.As empresas de vigilância eletrônica devem trabalhar com apoio do cidadão responsável, com respaldo e segurança do Estado: a Polícia Militar local, com as atribuições legais que as empresas privadas não têm, deverá garantir apoio imediato aos eventos alarmados. Para isso, “talvez”, as empresas de vigilância eletrônica devam pagar apenas a "corrida" feita; de modo a contribuir com a manutenção das viaturas da Polícia local, para garantir Pronta Resposta aos eventos alarmados.Já é lei: as empresas de vigilância eletrônica não podem fazer o trabalho da polícia militar. Só a PM, com suas atribuições legais, deverá atender prontamente as ocorrências oriundas de eventos alarmados. Os policiais também não podem executar essa atividade comercial, essencialmente tecnológica e privada.Mas o cidadão jamais deve ser mais onerado ao consumir a vigilância necessária para melhorar a segurança devida pelo Estado. Ao investir e colaborar responsavelmente com a segurança, o cidadão deve poder abater essa despesa do seu imposto de renda.A nova lei deve restringir o acesso à tecnologia e à compra de produtos para vigilância eletrônica, do mesmo modo que há restrição para compra e porte de armamentos. As empresas de distribuição devem ficar estrategicamente proibidas de vender produtos ou fornecer tecnologia para qualquer pessoa, sejam consumidores finais, pessoas físicas ou jurídicas. O acesso aos produtos e às tecnologias para Segurança deve ser garantido somente às pessoas habilitadas, com idoneidade comprovada e cadastradas por órgãos do governo estadual e federal.Para que essa missão tenha sucesso completo, será necessário fazer uma lei para regulamentar os “bicos” feitos por policiais. Com problemas salariais, muitos policiais precisam fazer inúmeros serviços clandestinos no mercado da “segurança” privada. Isso interfere muito na segurança pública e no mercado da vigilância eletrônica...A prevaricação cria muitas dificuldades públicas para a venda de "facilidades" privadas. Fomenta a insegurança e a concorrência desleal. Desmobiliza a Polícia como instituição pública e cria um serviço clandestino, cheio de perigos para todos. Isso não interessa ao conjunto da sociedade brasileira.
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7 de ago. de 2009

TÉCNICAS DE EMPREGO DE LANTERNAS

Após termos selecionado a tipo mais apropriado, iremos verificar qual a melhor forma de segurarmos lanterna e arma ao mesmo tempo. Levaremos em conta o conceito tático do “terceiro olho”, em situação de confronto ou confronto iminente. Nessa técnica, o cano da arma acompanha a direção em que estamos olhando. Não adianta estarmos olhando para o lado direito e a arma estar apontada para frente. Se surgir um bandido armado do lado direito até pode reagir virando a arma acompanha os olhos. A lanterna passa a ser o “quarto olho”. Para o lado que estou olhando estão apontadas minha arma e minha lanterna. POSIÇÃO FBI: Quando, na década de 50, começou-se a desenvolver técnicas para atirar com o uso de lanternas, a famosa Agência Federal norte-americana citada criou esse método, o qual consiste em segurar a lanterna acesa, ao lado do corpo, com o braço estendido na altura dos ombros. A razão disso seria evitar ser atingido se o bandido atirasse contra a fonte de luz. Contudo, o que acontece na realidade é que, por mais que afastemos a lanterna do corpo, nossa silhueta ainda estará iluminada. Além disso, com esse método antigo, perdemos o auxílio que a arma pode nos dar na pontaria. TÉCNICA HARRIES: (Costas das mãos com costas das mãos). Antes de falarmos sobre esse método, é conveniente lembrar aos instrutores de Tiro que, quando forem ministrar instrução para seus alunos, mais importante é o homem aprender corretamente do que decorar o nome da técnica. É claro que neste, artigo, irei mencionar o nome da técnica em inglês, mas sempre devemos utilizar expressões em português para que o homem guarde mais fácil o que deve fazer. Nessa posição, o braço que segura à arma está estendido e o braço que segura à lanterna está semi-flexionado. As costas das mãos se apóia, uma na outra, procurando dar estabilidade ao conjunto. Não proporciona uma firmeza muito grande, principalmente quando dos disparos, mas é a mais apropriada para lanternas muito grandes ou compridas. Pode ocorrer da lanterna não ficar paralela ao cano da arma. TÉCNICA AYOOB: (Mãos paralelas). Criada pelo Capitão da Polícia norte-americana Massad F. Ayoob consiste em segurar a lanterna com o braço estendido, estando o polegar em sua parte superior, apontando para frente torcendo-se levemente o pulso. Encosta-se a lanterna na outra mão que segura à arma, com o outro braço também estendido, tornando-se o cuidado de alinhar a lanterna com o cano da arma. Efetiva em distâncias curtas pode ser utilizada com lanternas de vários tamanhos ou forma de acionamento. É a posição mais fácil de fazer, mesmo em situação de grande estresse. TÉCNICA CHAPMAN: (Mãos conjugadas). Desenvolvida por Ray Chapman, grande atirador estadunidense, esta é atualmente a posição mais empregada, embora dependa basicamente do tamanho da lanterna disponível. Segurasse a arma normalmente, em empunhadura dupla. O polegar e o indicador da mão de apoio ficam livres para segurar e acionar a lanterna a qual deve ser de pequenas dimensões enquanto os outros três dedos ajudam a apoiar a arma. Isso proporciona firmeza na empunhadura e automaticamente a lanterna alinha-se com o cano da arma, ficando a pouca distância do aparelho de pontaria, o qual poderá ser utilizado para um tiro semi-visado. As lanternas que possuem acionamento por botão na parte traseira são as mais indicadas para esta técnica. Todas essas técnicas devem ser utilizadas segurando-se uma lanterna com uma das mãos e uma arma na outra. Mas e se for preciso usar uma das mãos para abrir uma porta, afastar uma pessoa ou para recarregar a arma? Para isso, algumas lanternas táticas vêm com um cordão que vai estar preso ao pulso do braço que segura à lanterna. Se precisar soltá-la, ela não irá cair no chão e poderá ser “recuperada” rapidamente. Como tal solução resolve apenas parte do problema, algumas indústrias de armas estão levando tão a sério, a utilização de lanternas em combates em locais de baixa luminosidade que verificamos que, hoje, a maioria dos novos projetos de pistolas semi-automáticas incorpora um trilho onde pode ser rapidamente acoplada uma lanterna tática. Normalmente este trilho fica em baixo do cano, sendo composto por sulcos, nas laterais das armações de polímero, onde pode ser encaixada uma lanterna. Os novos modelos das pistolas GLOCK, em praticamente todos os calibres e versões, já apresentam tais trilhos. A nova Smith & Wesson SW99 também. As pistolas HK USP podem vir de fábrica já com uma UTL (Universal Tactical Light) para ser rapidamente encaixada no trilho da arma quando necessário. Essas lanternas possuem uma potência de 115 lumens. Podem ser utilizadas para outros fins quando não estão presas à arma. A SURE-FIRE possui suportes com lanternas táticas que podem ser adaptados a cada tipo de pistola, inclusive as Taurus. Na técnica Chapman, se segura à arma em empunhadura dupla com o polegar e o indicador da mão de apoio livres para segurar e acionar a lanterna, a qual deve ser de pequenas dimensões, enquanto os outros três dedos ajudam a apoiar a arma, envolvendo a mão forte, dando maior firmeza à empunhadura e automaticamente alinhando a lanterna com o cano da arma. Estes suportes geralmente são presos no guarda-mato da arma. Se nas Armas Curtas já é difícil segurar a lanterna junto com a arma, nas Armas Longas é praticamente impossível. Assim, ou partimos para improvisações como prender a lanterna com fita crepe na espingarda ou na metralhadora, ou recorremos a conjuntos próprios para isso, como a do TAC STAR, que pode ser preso praticamente a qualquer arma, sendo a lanterna acionada por um interruptor, preso no guarda-mão. Ou ainda, às lanternas da já mencionada SURE-FIRE, as quais fazem parte integrante do guarda-mão que substituir o original.
Não esqueça de participar das enquetes do Blog é muito importante a sua participação, e você também tem a opção de deixar o seu comentário pessoal logo abaixo da matéria publicada como também de cadastrar o seu e-mail e receber informação e novidades. Fonte: Revista MAGNUM out/Nov 2001.

6 de ago. de 2009

AS LANTERNAS

Existem vários tipos de lanternas, com formatos, tamanhos, forma de acionamento, tipo de alimentação (pilhas, baterias ou recarregável), preços e aplicações diferentes. Sendo assim, é necessário que o policial e o profissional de segurança conheçam alguns critérios para que possa fazer a seleção da ferramenta mais adequada às suas necessidades.
A lanterna, dependendo de seu tamanho, peso e do material em que é constituída, pode também ser usada como cassetete quando a intenção for a de empregar é a conhecida MAG-LIGHT, construída em alumínio, com cerca de 35 cm de comprimento e com peso de aproximadamente 300 gramas.
A lanterna Combat Light da SURE-FIRE é um modelo desenvolvido especificamente para ser utilizado em conjunto com a arma curta. Seu acionamento é feito por um botão na parte traseira da lanterna, o qual pode ser apertado com a palma da mão ou com o polegar. A lanterna ainda possui um cordão, que pode ser preso ao pulso da mão que segura a lanterna para que, no caso de se precisar soltá-la, não caia no chão. A lanterna possui, dentro da atividade tática, cinco atividades. ILUMINAR O LOCAL: Em local de pouca luminosidade, a luz da lanterna irá atuar no sentido de podermos verificar onde estamos,servindo para locais abertos (no meio da rua, em terreno vazio, no mato, etc) ou local fechado, dando condições para definir o tamanho do local, se há obstáculos (paredes,móveis,buracos, armadilhas, etc) ou se há pessoas próximas à nós. Irá ajudar em nosso deslocamento naquele lugar. Identificar pessoas. Ao localizarmos uma pessoa, é necessário identificá-la corretamente e de forma rápida. Ao iluminarmos a pessoa com a lanterna, podemos ver quem é, e se está armada ou não. Não estaremos lidando apenas com um vulto, mas saberemos se trata-se de outro policial ou agente de segurança, de uma pessoa inocente ou de um marginal mal-intencionado. AUXILIR NA PONTARIA: Dependendo do tamanho, do tipo e da forma da lanterna e de como iremos segurar a lanterna e arma o foco da lanterna acesa pode atuar da mesma forma que o apontador laser. Ao alinharmos a lanterna com o cano da arma, normalmente, em distâncias curtas (até 5 metros), teremos uma noção, pelo foco de luz concentrado, de onde está apontada a arma, tornando visíveis alça e massa de mira, facilitando o tiro semi-visado com o alinhamento do cano com o alvo. COMO ARMA: Aqui podemos apresentar duas situações. Na primeira, dependendo do tamanho e do peso da lanterna, podemos utilizá-la como um cassetete, existindo até mesmo técnicas para imobilização de indivíduos agressivos com o auxílio da lanterna. Na segunda, em função da potência da lanterna, podemos utilizar sua luz para cegar momentaneamente o oponente. Para sinalização. Podemos utilizar a lanterna para sinalizar um local de acidente ou a existência de um bloqueio utilizando-se de um acessório semelhante a um pequeno cone cor alaranjada, acoplado à lanterna, ou com o foco normal. Podemos ainda utilizar a lanterna para comunicação entre os policiais e profissionais de segurança, através de toques de luz ou utilizando filtros coloridos para mudar a cor da luz, estabelecendo assim códigos de comunicação, a lanterna mais conhecida para esse tipo de trabalho e comunicação e a famosa lanterna cotovelo.
Um dos cuidados que devemos ter quando utilizarmos a lanterna PE não ficar com ela acessa o tempo inteiro. A luz da lanterna serve como referencial de onde estamos. O bandido irá atirar contra a origem da luz, procurando nos acertar. Alguns quesitos devem ser observar quando um policial ou agente de segurança vai selecionar sua lanterna. POTÊNCIA: A lanterna tem que ter luz bastante forte. Deve ter capacidade de iluminar à frente (no mínimo 5 metros) e possuir foco concentrado. As novas lâmpadas de halôgeneo ou de xenon são bem mais potentes, iluminando melhor. Normalmente, lanternas que usam bateria de lítio iluminam melhor que as lanternas que empregam pilhas grandes. Se for potente o suficiente, pode cegar temporariamente uma pessoa que olhar diretamente para o facho de luz da lanterna. PORTABILIDADE: O policial ou agente de segurança deve possuir uma lanterna que seja portátil. Na viatura policial, ou no veículo de segurança podem ser transportados faróis de busca portáteis ( no Brasil conhecidos como “siribim”) que são ligados ao acendedor de cigarros do veículo. Lanternas maiores também pode ser levadas na viatura. Mas e se o policial e agente de segurança precisar sair correndo atrás de um bandido, de noite? Terá tempo de apanhar a lanterna? Portanto, ele dever ser do tamanho adequado a ser transportada no cinturão do policial e agente de segurança ou em seu bolso. Além disso, todo policial ou agente de segurança deve ter a sua lanterna individual, pois pode ocorrer que policiais ou agentes de segurança trabalham em conjunto e tenham de se separar, ou então cada um realizar uma tarefa diferente em determinada situação. Ainda com relação ao tamanho, quanto menor for a lanterna, mais fácil será usá-la em conjunto com a arma. FORMA DE ACIONAMENTO: A lanterna tem que ser ligada e desligada facilmente, de preferência através de um botão. As que são ligadas através do giro de uma parte da lanterna são de difícil acionamento e, normalmente, é preciso ajustar seu foco cada vez que é ligada.O botão de acionamento geralmente fica na parte superior, mas as que possuem o botão no fundo da lanterna, de forma a serem acionadas com a palma da mão, são as mais indicadas. FORMA DE ALIMENTAÇÃO: As lanternas que funcionam com pilhas comum são mais fracas do que as que funcionam com baterias. Entretanto, pilhas são mais baratas e podem ser encontradas em qualquer lugar, ao passo que baterias são caras e só disponíveis em lojas especializadas. A lanterna de bateria recarregável pode ser mais cara, mas o custo final pode sair mais em conta, pois não será preciso comprar mais pilhas ou baterias. PREÇO: As melhores lanternas para fins policiais e de uso na área de segurança são muito caras por serem importadas. Muita vezes é importante fazer o investimento, tendo em vista a qualidade. Lanternas muito baratas podem significar prejuízo, pois além de não iluminarem muito coisa, geralmente quebram logo. Uma das marcas mais conhecidas de lanternas para uso policial é a norte-americana MAG-LITE, a qual possui um modelo muito utilizado em filmes policiais, que funciona com quatro pilhas grande e que, com seu peso e tamanho, pode ser empregada como cassetete. Esse modelo vem sendo substituído por lanternas mais portáteis e potentes. A mini MAG-LITE, a qual funciona com duas pilhas AA, é acionada girando-se a lanterna, o que dificulta seu manuseio. Outra empresa estaduniense do ramo é a STREAMLIGHT, fabricante da SCORPION, a qual funciona com baterias de lítio e é acionada por botão localizado em sua parte traseira, e a STINGER, que funciona com baterias recarregáveis. São lanternas robustas e práticas. A empresa do setor que mais se dedicou ao equipamento para fins militares ou policiais é a SURE-FIRE, que possui uma grande linha policial e tática de lanternas. O modelo CombatLight foi desenvolvido especificamente para ser utilizado empunhando-se a lanterna e arma ao mesmo tempo. Antes que discorramos sobre o fator potência, é conveniente definirmos o lumen. Lumen é uma medida de fluxo luminoso. A luz equivalente a uma vela acesa “vale” I Lúmen. Um CombatLight modelo 6p, por exemplo, possui potência de 65 lumens. A mesma CombatLight, do novo modelo MILLENNUM, tem uma potência de 300 lumens. Funcionam com baterias de lítio. Além disso, a SURE-FIRE possui lanternas que podem ser acolpladas a armas longas, e quase todos os grupos especiais sejam militares ou policiais utilizam lanternas SURE-FIRE em suas HK MP5 OU Colt M4. Infelizmente, todo esse equipamento é importado e caro. Como solução, ou melhor, dando o chamado “jeitinho brasileiro” podemos utilizar lanternas encontradas facilmente em lojas de Caça e Pesca, ou até mesmo em hipermercados, das marcas Coleman, Ray-o-vac ou Eveready, algumas fabricadas no Brasil ou mesmo na China e que, apesar de não possuírem a potência ideal, têm realmente um preço bem mais acessível.
Fonte: Revista MAGNUM out/nov 2001. Imagem: http://www.paintballexpress.com

4 de ago. de 2009

PROFISSIONAL DA SEGURANÇA DOMINANDO A ESCURIDÃO

AÇÕES EM SITUAÇÕES DE BAIXA LUMINOSIDADE
Imagine você, um profissional da área de segurança durante uma ocorrência de roubo, com a informação confirmada de que há três marginais fortemente armados no interior daquele local. Pega sua arma, verifica se está carregada, checa a munição extra e ajusta o colete à prova de balas. Quando já está tudo pronto, você entra ali no local de olhos fechados! Absurdo? Então, tão estranho quanto atuar nesta situação, sem estar com os olhos abertos, é encarar esta mesma possibilidade à noite, sem o uso de um meio auxiliar. A sensação é praticamente a mesma. Dependendo da luminosidade no interior do ambiente, até a vista acostumar-se, o grau de visibilidade é praticamente nulo. Vamos ter que adentrar tateando as paredes, procurando não cair no chão nem tropeçar em algum objeto. Qualquer barulho, por menor que seja, irá chamar nossa atenção, muitas vezes para uma direção errada. E mesmo que tenhamos certeza que há alguém conosco, ali dentro, restará à dúvida: é um amigo ou um agressor? Muitos chamariam o assunto que vamos abordar simplesmente de “Tiro Noturno”, o que não é o mais adequado. A falta de luminosidade, logicamente, é mais sentida à noite. Entretanto, são várias as situações em que o profissional de segurança ou policial necessita atuar com pouca iluminação. Pode ser que ele tenha que adentrar, durante o período diurno, uma tubulação de esgoto, ou um porão ou sótão, atrás de um marginal. Uma construção como uma fábrica, um prédio ou até mesmo uma casa podem estar com que a iluminação no interior de determinado cômodo seja praticamente inexistente. Muitos barracos em favelas não possuem janelas por onde pode entrar a luz do sol. Ao realizar vistoria no interior de veículos como um caminhão-baú, por exemplo, também sentiremos dificuldade com a falta de luz. A atividade policial é necessária 24 horas por dia. No patrulhamento ostensivo das ruas não há “horários comerciais”, ou não se pode deixar de atender uma ocorrência às 03h00min da manhã. Pelo contrário, em determinadas áreas, os índices criminais crescem muito no horário compreendido entre as 18h00min e as 06h00min. O tráfico de drogas ocorre mais intensamente à noite, pois as pessoas agem no anonimato da escuridão, que facilita a compra ou a venda de drogas. O número de homicídios, principalmente na cidade de São Paulo, cresce muito nesse horário. Os seqüestros-relâmpagos acontecem freqüentemente entre 20h00min e 01h00min, principalmente em cruzamentos e próximo eletrônicos. Á noite, o simples ato de abordar um veículo para identificação ocupado por indivíduos em atitude suspeita é perigoso. Não dá visualizar corretamente quantas pessoas estão dentro do carro, ou se elas estão armadas ou não, ainda mais com o uso do insufilm. A vistoria dentro do veículo torna-se complicada. Até mesmo o ato de verificar os documentos dos ocupantes e do veículo fica difícil se não houver uma iluminação artificial, o sugerido é que peça para que o motorista acenda a luz interna do veículo. O ser humano capta as informações no mundo ao seu redor através dos cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar. Através da percepção dessas informações a pessoa irá formular uma reação. Uma grande parte das informações que recebemos vem através da visão. O olho humano, ao contrário dos olhos de um grande número de animais, não trabalha muito bem em situações de baixa luminosidade. A retina que reveste grande parte do interior do olho tem sua metade posterior rica em células sensíveis á luz, denominadas cones e bastonetes, segundo sua forma, que enviam sinais luminosos ao cérebro através do nervo óptico. É graças aos bastonetes que percebemos a intensidade da luz. A pupila é o orifício que regula a quantidade de luz que entra no olho. Quando nos encontramos em um ambiente muito iluminado, podemos observar que a pupila se contrai o que diminui a entrada da luz. Ao contrário, quando passamos para um ambiente pouco iluminado, na penumbra, e observamos o olho de outra pessoa, notamos facilmente que a pupila se dilata, o que deixa entrar maior quantidade de luz. Esta é a razão para levarmos cerca de alguns minutos para adaptarmos nossa visão à penumbra quando saímos de um ambiente iluminado para um local em que haja baixa luminosidade. Mesmo assim, dependendo da quantidade de luz, veremos apenas vultos de pessoas ou objetos, sem poder identificá-los corretamente. O policial ou profissional de segurança enfrenta outras dificuldades ao atuar em situações de baixa luminosidade. O estado psicoemocional do ser humano normalmente torna-se alterado quando submetido a situações de risco. Quando ele se encontra nessas situações, em um ambiente escuro, a incapacidade de identificar a localização do perigo mais vulnerável, limitando sua capacidade de percepção e interpretação da realidade, conseqüentemente prejudicando também a capacidade de reação da pessoa. O policial ou profissional de segurança não atua em uma guerra. Para poder atirar ele deve ter plena certeza de quem é a pessoa que está a sua frente e se ela realmente representa uma ameaça à vida e a integridade física, sua ou de terceiros. Em uma situação de baixa luminosidade, não basta para o policial ou profissional de segurança apenas localizar o “o alvo”, mas deve identificá-lo corretamente. Existem alguns meios que podem ser utilizados pelo policial ou agente de segurança para atuar em condições de baixa luminosidade. Equipamentos de visão noturna são caros e têm sua utilização muito restrita, sejam eles ativos ou passivos. Na verdade óculos ou monóculo, presos à cabeça do policial, tiram sua visão periférica, sua capacidade de fazer visada com as armas e, em alguns casos, pelo seu tamanho e peso, tiram a mobilidade. As versões luneta são boas apenas para observação à distância ou para realizar-se um tiro de precisão, com baixa luminosidade, quando fixadas a determinados tipos de armas. Apontadores laser são muito bons para auxiliar na pontaria, mas não ajudam a visualizar o caminho que temos que percorrer ou a identificar as pessoas e saber se elas estão armadas ou não. Tudo o que vemos é um ponto vermelho em um vulto. As miras luminosas, geralmente de trítio, ajudam realmente na visada com as armas, especialmente armas curtas. Entretanto, cai no mesmo problema do laser, ou seja, não ajudam a visualizar o tipo de ameaça que estamos enfrentando. Chegamos então ao único recurso que podemos considerar como “pau para toda obra” em situações nas quais o policial e profissional de segurança precisa atuar em locais de baixa luminosidade a lanterna.
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Fonte: Revista Magnum out/nov 2001

O EMPREGO ESPECIAL DE BOTAS TÁTICAS

Com a especialização das unidades especializadas das polícias brasileiras e serviços táticos tanto na área operacional da segurança pública e privada, a partir dos anos 90, rapidamente percebeu-se que o bom e velho coturno militar não mais servia como componente para o trabalho tático. Os policiais brasileiros e profissionais de segurança à semelhança dos profissionais de outros países, começaram a buscar botas de emprego tático que atendessem as necessidades de um trabalho específico, duro e de alto risco. Assim,à falta de produtos nacionais, buscou-se abastecer as forças especiais com caríssimas botas de fabricação estrangeira, as quais muitas vezes chegavam a custar quase o salário de um policial ou profissional de segurança. Além disso, a padronização exigida no uniforme e equipamentos desses Policiais forçava a procura por elementos que fossem passíveis de fácil aquisição e simples substituição em casos de desgaste ou defeitos de fabricação. Com a abertura das importações, a demanda por botas de emprego tático pode ser suprida em parte pelos produtos estrangeiros, mas o problema do custo está sempre presente, principalmente em tempos de alta do dólar. Felizmente, já podemos contar com produtos nacionais de excelente qualidade, que não só rivalizam com os produtos importados como também oferecem muito mais vantagens que os seus similares. Os produtos Guartelá começaram a ser desenvolvidos no início da década de 90, sendo parte da linha de botas especiais fabricadas pela industria White Snake para a prática de montanhismo, situada no complexo industrial de Curitiba. Estes equipamentos têm desde o seu início um conceito voltado para a obtenção de um desempenho superior e uma grande durabilidade, proporcionando ao usuário destas botas um sentimento de segurança e economia mesmo em condições de trabalho altamente desfavoráveis, como em manobras de descida em paredes, terrenos lamacentos, trilhas pedregosas, subida de montanhas, etc.Pela sua robustez e conforto alguns modelos fabricados logo chamaram a atenção de membros de organizações policiais, na época carentes da disponibilidade no mercado brasileiro de um produto que fosse mais qualificado para uso em operações de resgate e salvamento ou mesmo para um uso continuado no dia-a-dia que proporcionasse conforto com durabilidade. Desta forma, logo diversos órgãos policiais e de segurança começaram a utilizar e se beneficiar da possibilidade de trabalhar com produtos de superior qualidade disponível no Brasil. A linha completa pode ser vista na internet, no endereço: http://www.quartela.com e http:// http://www.arroyo.com/ .Nestes sites muito bem elaborado, o visitante poderá ver que a empresas tem uma constante preocupação pela evolução e aprimoramento de seus produtos, existindo até um tópico chamado de “constante evolução”, onde a empresa demonstra o interesse em estar alterando as características construtivas de sua linha, em acordo com as necessidades de seus consumidores. Esse tipo de preocupação empresarial, além da variada linha de produtos a disposição dos consumidores, são pontos de destaque competitivo para qualquer empresa que se destina a conquistar e manter o mercado. E o melhor de tudo isso é que as empresas genuinamente nacional, disposta a atender bem o mercado brasileiro, sem preferência para o mercado estrangeiro.
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Fonte: Revista Magnum oy/nov 2001

2 de ago. de 2009

GUIA DOS PADRÕES DE CAMUFLAGEM

Resolvi postar esse pequeno Guia de padrões de Camuflagem, como forma de orientar os profissionais da área de segurança privada e pública à respeito dos diversos tipos de padrões existentes, e abrir uma janela para que possamos discutir à respeito das características (positivas e negativas) de cada um deles.
TIGER SRIPES
-Primeiramente utilizado pelos Franceses em sua ocupação no Vietnam, foi posteriormente adotado pelas Forças Especiais N.Americanas (Green Berets) naquele mesmo país... mas foi abandonado antes mesmo do término daquele conflito em 1975.Seu pior problema é o padrão horizontal de listras negras, que destoa de todos os elementos da natureza, denunciando o combatente em maio a mata.Todavia, muitas forças armadas pelo mundo ainda usam o padrão em algumas variações na padronagem das cores.
CLASSIC WOODLAND
- Usado durante praticamente 20 anos pelas tropas Norte-Americanas (pós-Vietnam), foi elaborado de forma a se mesclar com praticamente todo os tipos de vegetação, sendo copiado e utilizado por muitas forças militares e pára-militares ao redor do mundo.Todavia, seu padrão não é tão eficiente e surgiram algumas modificações nas tonalidades de forma a se assentar mais adequadamente em zonas de clima temperado e tropical (variantes Brown e Lime).Recentemente está sendo substituído pelo padrão ACU no exército N.A. e pelo padrão MARPAT nos USMC(Corpo de Fuzileiros Navais), ambos com desenho digitalizado e de melhor mimetismo com o ambiente.
LIME WOODLAND
- Variação do padrão Woodland, destinado a algumas regiões de mata tropical, do sudeste Asiático.
WOODLAND BROWN
-Variação do padrão Woodland, destinado a algumas regiões de mata temperada Européia.
MARPAT - USMC
- Novo padrão exclusivo de camuflagem do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, veio para substituir o Woodland, com maior eficiência de mimetismo em regiões de floresta e mata. Composto por quatro cores distribuídas em uma trama Bitmaps digitalizados.Seu nome vem de "MARine Disruptive PATtern.
DESERT MARPAT - USMC
- Padrão de camuflagem digitalizado, exclusivo do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, destinado às operações em terrenos desérticos.
ACU - US ARMY
- Novo padrão de camuflagem digitalizado (ACU - Army Combat Uniform), exclusivo do Exército dos EUA, dito (controversamente) como o mais eficiente tipo de camuflagem em váriados tipos de ambientes. Começou a ser inserido nas linhas de frente em 2007, em substituição
ao tradicional padrão Woodland (em ação desde 1981).
ABU - USAF
- Novo padrão de camuflagem em uma trama de bitmaps, baseado no tradicional Tiger Stripes digitalizado. Visa substituir os padrões anteriores (Woodland e Deserto 03 colors até 2011).O nome ABU vem de Airman Battle Uniform
CAMUFLADO DO EXÉRCITO BRASILEIRO
- Padrão de camuflagem do Exército brasileiro, que eu julgo ser o mais eficiente padrão para ser utilizado em nossas condições de vegetação!
CAMUFLADO DA FORÇA ÀREA BRASILEIRA
-Padrão de camuflagem da Força Aérea Brasileira, similar ao padrão do exército, só que alguns tons de azul mesclados. Também muito eficiente em nossas condições de vegetação.
CHOCOLATE CHIPS DESERT
-Primeiro padrão oficial de camuflagem para terrenos desérticos das Forças Armadas N.A.... mas extremamente ineficiente e precocemente substituído pelo Padrão Desert 03 Colors.
DESERT 3 COLOR
-Padrão de camuflagem para terrenos desérticos das Forças Armadas N.As., vigente até muito recentemente, sendo progressivamente substituído pelos Padrões ACU e MARPAT Desert.
URBANO GELO
-O pior padrão de camuflagem... simplesmente não se presta para a camuflagem, com a exceção talvez de uma situação específica de tundra, ou regiões de floresta onde haja precipitação de neve...
MULTICAM
-Padrão de camuflagem moderno multi-ambientes, desenvolvido por uma industria civil (Crye Precision) em conjunção com o Exército N.Americano. à princípio presta-se para o uso militar do projeto Future Force Warrior, mas é também vendido à civis.
DPM WOODLAND - BRITÂNICO
-Padrão de camuflagem oficial do Exército Britânico (Destinado a zonas de mata). Inserido em 1966 e remodelado algumas vezes, chegou a sua padronagem definitiva em 1994.O nome DPM vem de Disruptive Pattern Material.
DPM - DESERT BRITÂNICO
-Padrão de camuflagem oficial do Exército Britânico (Destinado a zonas desérticas).
FLECKTARN ALEMÃO
-Padrão de camuflagem oficial do Exército Alemão, inserido em 1990.FLECKTARN vem da junção das palavras Fleck (ponto, mancha) e Tarnung (camuflagem). Este padrão de camuflagem é também chamado de German Dots, Flecktarnmuster, Fleckentarn e Flec.
FLECKTARN - DESERT ALEMÃO
-Padrão de camuflagem oficial do Exército Alemão, destinado a regiões desérticas.

A LEI Nº 6.880, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1980 no Artigo 76 estipula: Os uniformes das Forças Armadas, com seus distintivos, insígnias e emblemas, são privativos dos militares e simbolizam a autoridade militar, com as prerrogativas que lhe são inerentes. Parágrafo único. Constituem crimes previstos na legislação específica o desrespeito aos uniformes, distintivos, insígnias e emblemas militares, bem como seu uso por quem a eles não tiver direito.

Postado: Marcelo Utsch

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